segunda-feira, abril 03, 2006

Mais Celta "Nova Geração"


Fim de semana de torra-torra do Celta antigo em todo o país, e o Celta "Nova Geração" (dureza, mas é assim que a GM o está chamando) deu as caras, com direito ao "mis-en-scéne" tradicional dos grandes lançamentos, cabine fechada, acesso restrito e tudo mais.

À primeira vista, já se nota que a plástica fez efeito: As fotos não fazem jus ao quanto o carro melhorou. Os faróis têm um desenho até refinado para a categoria, a grade "à la Vectra" é bem interessante, embora o efeito melhore ou com para-choque preto ou com os apliques escuros exclusivos da versão Super (Iguais aos da projeção-sugestão do Rafa, publicada aqui no AutoDiário... mal começamos e já estamos influenciando o mercado). Se a GM não lançar como acessório uma capa cromada para a barra central da grade, o que deve deixá-la ainda mais parecida com a do Vectra, quem o fizer vai embolsar uma boa grana.



A traseira também é muito melhor ao vivo, a proporção é acertada, o vinco que a percorre como prolongamento da linha de cintura é uma boa sacada de design e até as lanternas, que não prometem muito nas fotos, são interessantes.

No interior, no entanto, é que está a grande evolução: O design "pós-Chevette" do painel da geração anterior dá lugar a uma peça (ainda única) com maior variação de volumes e alturas, que diminui muito a sensação de pobreza que existia ao entrar no modelo antigo. Os mostradores (com conta-giros desde a versão básica, uma evolução) são os mesmos usados no Classic, de fácil leitura. O único senão fica para a simplicidade do módulo central, que abriga comandos de ventilação e som, que continua com um desenho bastante simplório, embora sem comprometer o conjunto. Saídas de ventilação foram aproveitadas do modelo anterior. Destaque para a significativa melhora no desenho do painéis das portas e nicho para alto-falantes, provando que nem tudo que é barato precisa ser feio.


Quanto ao acabamento em geral, sem surpresas: o carro continua austero nesse quesito, sem se destacar dos demais do segmento. Plásticos duros e com rebarbas e tecidos ásperos ao toque continuam lá, nada de novo. Nota triste para a pintura dos para-choques do carro que vimos (da versão Spirit), em tom completamente diferente da carroceria, denotando certa pressa em acabar os carros para o pré-lançamento.

As versões são as já conhecidas Life, Spirit e Super. Principais mudanças: A versão Super agora conta com bem-vindas rodas de aro 14, de aço com calotas ou opcionais em liga. Spirit e Super podem agora vir com direção hidráulica de fábrica. Spirit, ou só com ar condicionado ou só com direção hidráulica, o que deve empurrar os interessados em um carro mais completo para a versão Super.


Aguardemos a tabela de preços, embora a GM tenha divulgado que ela não deve se alterar significativamente. Esperamos valores competitivos para carros mais básicos, enquanto os carros mais equipados (versão super com motores 1.0 e 1.4) devem começar a invadir, em preço, território de opções bem mais modernas e interessantes, como Peugeot 206 Sensation 1.4, por exemplo. Ainda assim, o novo Celta tem tudo para se sair bem, e não será surpresa se houver uma "virada" nas primeiras posições do nosso ranking de vendas nos próximos meses.

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